Fiquei curiosa sobre o assunto hoje... qdo temos alguns
desentendimentos seja lá onde ou com quem, sempre tem alguém pra te dizer: “Às
vezes, temos de engolir uns sapos pra conviver bem”. Concordo até certo ponto.
Quanto vale o tal do sapo? Eu tenho me perguntado quantos sapos eu já engoli
pela boa convivência e quantos os outros engolem por mim, ou até mesmo, quantos
eu FAÇO alguém engolir. Quando me coloco no lugar do outro, acho que a equação
não está muito favorável para minha pessoa.
Será que realmente vale a pena? Será que estou sendo
egoísta? Será que estou me fazendo de vítima?
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N-Ã-O mesmo!
Quem me conhece sabe que tenho no estômago um brejo inteiro à
disposição de quem estiver necessitado. Não quero, literalmente, reclamar de
barriga cheia, mas afinal, pra quê foi criado esse blog? Para desabafar! Então
aí vai uma situação particular como exemplo que dá vontade de arrancar os
cabelos e me fez escrever esse post:
Não aguento mais fazer a vontade alheia! Estou vivendo sim
uma fase bem egoísta, mas acho que eu mereço, após tantos e tantos anos de
servidão gratuita a todos! Todo mundo estava acostumado a me ver sorrindo, no
salto, linda e poderosa, segurando diversas situações adversas: sogra “de
patroa” na minha casa; marido acostumado pela mãe a ter tudo na mão; sogro com
bicho de estimação dentro da minha casa (nada contra quem gosta, mas eu os
prefiro no quintal, até mesmo pq somos 3 alérgicos); trabalho estressante ao
máximo (trabalhei por 5 anos em um banco e acreditem, isso não é vida pra ngm);
ser mãe de primeira viagem sem mta ajuda; distância dos meus amigos; falta de
grana até pra comprar um chuveiro (meu início de casamento foi beeeeeeeeemmmm
difícil); ver pessoas, até então com grande estima, decepcionando você; acolher
responsabilidades não cabidas, receber visitas que me deixavam louca que não
avisavam, deixavam td d pernas pro ar e iam embora; sair mesmo só uma vez a
cada 3 meses e mesmo assim com mta briga; ouvir a pessoa que vc ama pedir pra
vc escolher entre família ou trabalho mais de uma vez; mãe com ciúme de sogra;
sogra com ciúme de filho; andar a pé qdo se tem um namorado com carro por causa
da bendita mamãe; ser psicóloga de cunhada mimada... minha lista é mto grande e
não caberia aqui!
Me dei o direito agora de deixar de ser a legal pra ser
mesmo a “chata que, de repente, ficou um nojo”. Enquanto eu me portava como a
legal, todos me amavam, meus problemas eram somente com administração de tempo
e dinheiro. Bastou um simples “não” e tudo ruiu. Antes o problema era só meu e
só eu sofria, agora eu estou bem comigo mesma e nada ao redor é agradável. Só
mesmo meu filho, meus amigos por telefone e trabalho. Até mesmo meu marido
mudou. Se não for da maneira que a família dele quer, não está bom! A vida
social está uma porcaria, pois não chegamos a um acordo.
Mas se eu estou bem, então pq não basta pra ficar td bem, já
que me doei tanto para outras pessoas e ngm se doou por mim? Aí vem de novo a
frase do sapo... não dá pra mudar de bicho? Não quero sapo nenhum na minha
vida! E, sinceramente, acho que não valeria a pena mais um farto banquete...